Porque se joga?

 


Num deste dias li algo como "... o resultado (de um jogo de futebol) não é o mais importante: não se joga para ganhar, joga-se para jogar. O triunfo é uma recompensa."

Quando olho para esta ideia surgem-me dois pensamentos completamente distintos. 
Se por um lado acredito também que o resultado é isso mesmo, o resultado do que fizemos durante o jogo, por outro incomoda-me a parte do "não se joga para ganhar".

Sim, eu não me devo preocupar com o ganhar mas sim o que temos de fazer para...

Se formos ao inicio de tudo, ao jogo contra a rua de baixo, se eu não ganhasse ficava doente. Na minha rua usavamos muito a expressão "vamos fazer um desafio" e um "desafio" é isso mesmo, desafiar alguém é na sua essência uma luta para ver quem ganha. Uns com umas armas, outros com outras armas mas no fim... o que interessa é ganhar.

Podemos imaginar uma conversa com o mister Pep Guardiola.
Se eu perguntasse ao mister porque é que as equipas dele jogam assim, no famoso tiki-taka, não tenho dúvidas que a resposta dele seria algo como: "porque acredito que assim estou mais perto de ganhar".

E é aqui que penso que começou uma nova corrente que não percebe muito bem esta questão. 
Tenho um treinador amigo que fala do "meu jogar", do "nosso jogar"... em tom jocoso, dos treinadores que mais parecem preocupados com o jogar do que com o ganhar.

Um treinador competente é aquele que consegue aproximar o mais possível a sua equipa da vitória.
Um treinador que se usa dos jogadores para promover "o seu jogar" e que não aproxime o máximo possível a equipa da vitória, não pode ser considerado... competente.

Um jogador é tanto melhor quanto as suas ações aproximem a equipa do golo e afastem o adversário do golo. Ponto.

E é isto, nada mais que isto... não desvirtuem o Futebol, o futebol joga-se para jogar... para ganhar.

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